EFEITO PLACEBO: A PROVA CIENTÍFICA DO PODER DA FÉ

EFEITO PLACEBO: A PROVA CIENTÍFICA DO PODER DA FÉ .

“ O mundo é mental” O caiballion – Hermes trismegisto

O efeito placebo é uma melhoria de origem psicológica e consiste no poder da mente ou a fé como forma de recuperação de doenças das mais variadas, onde é normalmente utilizado como fator de sugestão um remédio sem nenhum principio ativo medicamentoso, embora o paciente acredite que exista uma substancia ativa no medicamento. Esta melhoria é em torno de trinta por cento em doenças físicas e pode passar de setenta por cento em doenças psicológicas. A maioria dos medicamentos aprovados pelo FDA (Federal Drug Admistration) dos Estados Unidos, utiliza como técnica de comprovação da eficácia da substancia ativa do medicamento a comprovação contra o efeito placebo, que não possui nenhuma substancia ativa. Normalmente, apenas um ou dois por cento de efeito acima do placebo é suficiente para este remédio ser aprovado para uso humano, muitas vezes com enormes efeitos colaterais para a saúde humana.
Isto comprova que a cura já está dentro das pessoas, e que para este processo seja disparado é necessário apenas que ele “acredite” que esteja sendo curado. É a prova cabal do poder da fé, que tanto pregava o mestre Jesus, quando dizia que era a fé das pessoas que a curavam.
O efeito nocebo, tem a mesma conotação, só que de forma inversa: o remédio tem o principio ativo, mas o médico ao recomenda-lo dá a entender que não acredita na eficácia do remédio então ele não faz efeito significativo, pois o poder da fé não entra em ação, isto é não existe o efeito placebo.
Já pensou na quantidade de remédio que você já tomou, gerando vários efeitos colaterais, que levam à novas doenças e, consequentemente, à novos remédios, num circulo vicioso sem fim, onde o efeito real do medicamento, o principio ativo, era de ou dois por cento e o restante do efeito, muito maior foi apenas função da sua própria mente. Quanta saúde e quanto dinheiro foram jogados fora.
Ela poderia ser um Michael Moore – o controvertido cineasta que escolheu a indústria farmacêutica como alvo do seu próximo filme – de saias. A americana Marcia Angell, professora sênior da Escola de Medicina Social da Universidade de Medicina de Harvard, tornou-se uma voz cada vez mais ouvida pela mídia de prestígio e respeitada nos ataques contra a indústria mais lucrativa dos EUA nas últimas décadas.
Seu livro mais recente teve boa receptividade da opinião pública americana, mas repercutiu ainda mais depois do escândalo do Vioxx, o medicamento retirado das prateleiras das farmácias do mundo todo por relacionar o uso prolongado do antiinflamatório à maior incidência de infarto.
Angell decidiu descrever o que acompanhou na qualidade de ex-editora-chefe da revista médica “The New England Journal of Medicine”, uma das bíblias do mundo da saúde, na qual trabalhou por mais de 20 anos. Ela viu a indústria farmacêutica mundial se transformar no que classifica de “máquinas de marketing”, desviando-se do foco original: descobrir, industrializar e vender medicamentos a preços razoáveis.
Em seu livro “The Truth About The Drug Companies: How They Deceive Us And What To Do About It” (Random House, 309 páginas, sem previsão para lançamento no Brasil), Angell diz que toda a parafernália montada pela indústria farmacêutica induziu os americanos a consumir mais remédios do que o necessário e a pagar por eles o preço mais caro do mundo. Os EUA gastam por ano US$ 200 bilhões com remédios, metade do consumido globalmente.
Depois que o problema Vioxx surgiu, Angell passou a atacar principalmente o papel da Food and Drugs Administration (FDA), a agência fiscalizadora de alimentos e medicamentos do EUA, um paradigma de correção para muitas nações. Para Angell, a agência não agiu como devia. “Anos antes de a Merck tirar o Vioxx do mercado, o FDA já tinha conhecimento de fortes indícios de que o medicamento aumentava os riscos de ataques cardíacos, mas não insistiu em que a companhia programasse um teste clínico em larga escala para esclarecer as dúvidas”, disse Angell, em entrevista ao Valor. “A principal lição do caso Vioxx é que comprova em que medida a FDA foi capturada pelo setor que supostamente deveria controlar.”
De acordo com Angell, o FDA está aprovando medicamentos cada vez mais rapidamente e “com cada vez menos evidências de eficácia”. Ela entende que a FDA não cumpre a incumbência de assegurar que os medicamentos sejam razoavelmente seguros – seja antes ou depois do lançamento no mercado.

Em seu livro “The Truth About The Drug Companies: How They Deceive Us And What To Do About It” (Random House, 309 páginas, sem previsão para lançamento no Brasil), Angell diz que toda a parafernália montada pela indústria farmacêutica induziu os americanos a consumir mais remédios do que o necessário e a pagar por eles o preço mais caro do mundo. Os EUA gastam por ano US$ 200 bilhões com remédios, metade do consumido globalmente.

De acordo com Angell, o FDA está aprovando medicamentos cada vez mais rapidamente, em função dos interesses financeiros dos laboratórios que ela devia controlar e não da saúde das pessoas que ela tem a incumbência de proteger. O FDA no Brasil é visto como um órgão regulador sério, mas não é isto, pois ele é financiado pela indústria que ele é suposto controlar. O partido democrata dos Estados Unidos já tentou uma mudança desta legislação, ainda sem sucesso.

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